Planear e calcular corretamente as fontes de alimentação
No centro técnico de cada edifício está o quadro elétrico, onde o planeamento cuidadoso e o cálculo exato das fontes de alimentação são essenciais para garantir o funcionamento eficiente da tecnologia de automação.
A seleção das fontes de alimentação ideais para os dispositivos de 24V num quadro elétrico requer competências técnicas e um planeamento prévio cuidadoso..
Neste artigo, vamos explorar as principais questões a considerar ao planear fontes de alimentação para sistemas de automação de edifícios, bem como os potenciais desafios que podem surgir durante o processo.
1. Calcular a potência total
O primeiro e mais importante passo é calcular meticulosamente a potência total requerida por todos os dispositivos de 24V. Este cálculo deve ter em conta não só a procura atual, mas também as possíveis necessidades futuras. A utilização de fontes de alimentação subdimensionadas pode levar a sobrecargas e falhas no sistema. Por outro lado, o sobredimensionamento pode levar à suposição errónea de que a potência máxima é necessária para todos os dispositivos, resultando na instalação de um número excessivo de fontes de alimentação. Isto não só ocupa espaço desnecessário no quadro elétrico, como também acarreta custos adicionais.
2. Fator de simultaneidade
Este fator é utilizado para componentes como a iluminação e áudio e reflecte a probabilidade de quantos destes dispositivos serão ativos simultaneamente a 100%. Nas construções residenciais, é geralmente utilizado um fator de 0,3, ou seja, 30% da potência total (no caso de uma fonte de alimentação centralizada).
Para os componentes do quadro elétrico, como o Miniserver e as suas extensões, bem como todos os dispositivos periféricos, como os detectores de presença ou os painéis tácteis, é calculado com 100% da potência necessária.
Exemplo de cálculo de iluminação:
La tira LED RGBW de 5m tem um consumo máximo de 86W de potencia. No entanto, no software Loxone Config, a potência é dividida entre os três canais RGB e o canal W. Isto significa que, ao utilizar esta fita LED colorida de 5 m, pode ser ativado um máximo de 64 W. (2,66A em lugar de 3,58A).
Consumo de energia de uma tira de 5 m:
Rojo: 20W
Verde: 23W
Azul: 21W
Blanco cálido: 22W
Máximo.: 86W
Valores de medição na prática:
Os focos modulados por largura de pulso (PWM), como os Loxone Tree Spots, requerem, por exemplo, apenas 60% da potencia a um 80% de brilho.
80% de brilho – 4,92W
100% de brilho – 7,5
Exemplo de cálculo de áudio:
Uma saída do Loxone Audioserver é calculado com uma potência RMS de 18 W. Esta potência seria necessária no volume máximo , mas apenas com música de frequência muito baixa..
Valores reais:
Ao reproduzir música calma, a 100% do volume, apenas são necessários 53%* da potência total.
Hotel California – Eagles
25% de volume – 3,2W
100% de volume – 9,6W
Animals – Martin Garrix
25% de volume – 3,4 W
100% de volume – 14,4W
Medido no altifalante WALL Speaker.
*Os valores referem-se à corrente máxima medida.
3. Planear uma reserva de potência
É aconselhável incluir uma reserva de potência de, pelo menos, um 20% acima da potência total calculada. Esta reserva permite gerir picos de carga inesperados e facilita futuras expansões do sistema sem inconvenientes.
A Power Supply & Backup pode fornecer 60 A durante um máximo de 10 segundos, excedendo o limite admissível de 40 A especificado na folha de dados..
4. Qualidade e fiabilidade
A seleção das fontes de alimentação não deve basear-se apenas na sua capacidade de rendimiento. É essencial optar por fontes de alimentação de alta qualidade que ofereçam boaeficiência e funções de proteção, tais como proteção contra curto-circuito, sobrecarga e sobreaquecimento, a fim de garantir a longevidade e segurança de todo o sistema.
Compatibilidade electromagnética (EMC):
A instalação de várias fontes de alimentação num quadro elétrico pode conduzir a interferências electromagnéticas. Por isso, é importante escolher fontes de alimentação com bom desempenho EMC e considerar medidas de proteção adicionais, se necessário.
5. Observar a evolução do calor
Os componentes devem ser colocados estrategicamente no interior do distribuidor para evitar o sobreaquecimento:
Fontes de alimentação: Como as fontes de alimentação são uma grande fonte de calor, devem ser colocadas em áreas bem ventiladas. É aconselhável não as colocar diretamente junto a outras fontes de calor ou no centro do armário, para minimizar a acumulação de calor. Se possível, devem ser instaladas perto de ranhuras de ventilação ou em posições com fluxo de ar natural.
Interruptores automáticos (disjuntores): De preferência, devem ser colocados no início do distribuidor, onde são facilmente acessíveis. O desenvolvimento de calor nos disjuntores é geralmente menor do que nas fontes de alimentação ou no controlador, pelo que a sua localização é mais flexível.
6. Cablagem e conexões
Mais fontes de alimentação também implicam mais esforço na cablagem. Cada terminal, cada ligação e cada parafuso representam um potencial ponto de falha adicional. Num distribuidor, estima-se que entre 2 a 5% das conexões pode ser propenso a erros. Se o número total de ligações puder ser minimizado, não só o tempo de instalação é reduzido, mas também o tempo necessário para a resolução de problemas. Uma vantagem adicional é o espaço poupado no distribuidor.
Por conseguinte, uma cablagem adequada e ligações seguras são fundamentais para a fiabilidade da fonte de alimentação. Certifique-se de que as secções transversais dos cabos estão corretamente dimensionadas e que todas as ligações estão devidamente fixadas.
7. Manutenção e monitorização
Em caso de curto-circuito ou de sobrecarga na linha, cada saída deve ser protegida individualmente. Para evitar longas pesquisas de avarias, recomenda-se a monitorização destes fusíveis e receber notificações se forem activados. Além disso, faz sentido medir o consumo de energia para identificar potenciais poupanças e evitar o desperdício de energia.A nossa recomendação: a Power Supply & Backup como uma solução tudo-em-um.
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